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Lupa lança o Achado, repositório acadêmico sobre desinformação
14.06.2022 - 08h07
Rio de Janeiro - RJ
A Lupa lançou esta semana o Achado, um repositório acadêmico que reúne artigos, teses, dissertações e conteúdos multimídia sobre desinformação. O objetivo é facilitar o acesso de pesquisadores, professores, estudantes e público em geral ao conhecimento produzido nos últimos anos sobre desinformação e seu combate, no Brasil e no mundo. O projeto é mais uma novidade da seção de Educação do novo lupa.news
Segundo a coordenadora de Produto da Lupa, Marcela Duarte, a ferramenta reafirma a preocupação da agência em dar mais visibilidade ao conhecimento científico e às instituições que as produzem. “Fica cada vez mais nítido para nós que o combate à desinformação tem relação direta com o fortalecimento da ciência e das ações no campo da Educação. O Achado reflete nossa busca de não apenas dar destaque, mas de aproximar o público desses estudos produzidos nas mais diversas áreas”, afirma.
“Nos últimos anos, é sensível o crescimento das pesquisas sobre desinformação. A ciência tem tentado explicar e buscar soluções para esse fenômeno. A sociedade, por sua vez, quer entender o que se passa e saber como lidar com ele”, explica Raphael Kapa, coordenador de Educação da Lupa
Ele comenta que o repositório nasceu justamente do encontro dessas demandas. É uma ferramenta que pode ser usada tanto pelo professor do ensino básico - com materiais complementares para uma aula sobre o tema -, quanto pelo pesquisador científico - com conteúdos variados e multidisciplinares para suas investigações; e ainda pelo o leitor leigo, interessado por um assunto que hoje impacta a vida de todos nós”, lembra Kapa. 

“Na guerra de enfrentamento à mentira e à desinformação, o Achado é um precioso recurso para todos que se preocupam com a erosão da verdade”

Rogério Christofoletti, professor e coordenador do Observatório da Ética Jornalística (ObjETHOS), da UFSC.

"Ao colocar a ciência a serviço dos desafios sociais, ele ajudará, a um só tempo, a estreitar as relações entre ciência e democracia, e a reforçar a confiança nelas"

Nísia Trindade, presidente da Fiocruz

Para o lançamento, o Achado reúne 50 links para itens entre artigos, teses, dissertações, vídeos e relatórios, distribuídos em dez diferentes áreas do conhecimento e dez eixos temáticos. Entre eles estão educação midiática, divulgação científica, saúde, negacionismo, política e redes sociais.
Parcerias com universidades  
Além da curadoria da equipe de Educação da Lupa, o Achado contará com a parceria de departamentos de instituições de ensino superior, que irão mapear e estabelecer um intercâmbio de materiais para alimentação do repositório. 
“Nesse momento, é de máxima importância dar apoio e visibilidade a toda produção científica voltada para desvelar o que há por trás da produção de desinformação. Nesse sentido, o Achado, da Lupa, nos chega em boa hora, porque facilita o acesso direto ao conhecimento”, diz Ana Regina Rêgo, coordenadora da Rede Nacional de Combate à Desinformação (RNCd), uma das parceiras do projeto.
Para Nísia Trindade, presidente da Fiocruz, o Achado contribui para um paradigma de comunicação da ciência mais igualitário, centrado no conhecimento compartilhado. “Ao colocar a ciência a serviço dos desafios sociais, ele ajudará, a um só tempo, a estreitar as relações entre ciência e democracia, e a reforçar a confiança nelas”, afirma. 
“Na guerra de enfrentamento à mentira e à desinformação, o Achado é um precioso recurso para todos que se preocupam com a erosão da verdade”, declara Rogério Christofoletti, membro do Conselho de Ética da Lupa, professor e coordenador do Observatório da Ética Jornalística (ObjETHOS), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Outros parceiros importantes são a Pró-Reitoria de Extensão da UFRJ e o Fórum de Ciência e Cultura (FCC), também da UFRJ. “O repositório fortalece o combate à desinformação e, em paralelo, contribui como ferramenta útil e estratégica de divulgação científica no Brasil", aponta Tatiana Roque, coordenadora do FCC/UFRJ. 
“É uma ferramenta relevante também na formação dos estudantes, porque ajuda a repercutir suas produções acadêmicas para um público mais amplo. Saber que sua pesquisa vai estar no site da Lupa e ser acessada por uma grande audiência motiva o estudante e contribui para que ele acredite que seu trabalho pode impactar na sociedade”, observa Ivana Bentes, pró-reitora de Extensão da UFRJ. 
“A desinformação está nos adoecendo, e o maior remédio contra esse mal está na informação científica de qualidade e acessível. O repositório da Lupa vem ao encontro dessa necessidade premente da ciência de se fazer visível a todos”, diz Denise Freire, Pró-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa da UFRJ. 

“A Universidade tem dado uma contribuição fundamental para a compreensão desse fenômeno, mas muitas vezes esse trabalho não chega ao grande público. O Achado consolida um esforço conjunto para reunir e disponibilizar o conhecimento produzido sobre a desordem informacional e seus efeitos, bem como para formação de cidadãos e cidadãs capazes de lidar com a complexidade de uma sociedade midiatizada”

Carla Baiense, coordenadora do curso de Jornalismo da Universidade Federal Fluminense (UFF)

“Saber trabalhar com fontes de informação seguras e confiáveis, passou a ser uma competência ainda mais necessária nos dias de hoje. Apoiamos as ferramentas que nos ajudem na busca da melhor resposta, como é o caso do Achado

 Fábio Cordeiro, presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB)

Disponibilizando conhecimento
Carla Baiense, coordenadora do curso de Jornalismo da Universidade Federal Fluminense (UFF), lembra que a liberdade de imprensa e o direito à informação são pilares fundamentais de uma sociedade democrática. “Temos assistido, de diversas maneiras, a tentativas de silenciamento de jornalistas e à propagação de informações falsas, produzindo um cenário de desinformação e incerteza. A Universidade tem dado uma contribuição fundamental para a compreensão desse fenômeno, mas muitas vezes esse trabalho não chega ao grande público. O Achado consolida um esforço conjunto para reunir e disponibilizar o conhecimento produzido sobre a desordem informacional e seus efeitos, bem como para formação de cidadãos e cidadãs capazes de lidar com a complexidade de uma sociedade midiatizada”, destaca a professora do curso, um dos parceiros da Lupa na iniciativa. 
Na visão da professora Cecília Lima, do departamento de Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), outro parceiro do Achado, iniciativas que organizem o conhecimento produzido dentro das universidades sobre a desinformação nas mídias são de grande relevância: “O repositório será esse espaço capaz de guiar novas pesquisas e balizar ações de enfrentamento à desinformação, e que passam por processos de letramento digital e leitura crítica da mídia”, diz. 
Segundo Fábio Cordeiro, presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB), o combate às falsas informações sempre foi uma das principais vertentes do trabalho dos bibliotecários e dos profissionais que lidam com preservação e acesso à informação. “Saber trabalhar com fontes de informação seguras e confiáveis, passou a ser uma competência ainda mais necessária nos dias de hoje. Apoiamos as ferramentas que nos ajudem na busca da melhor resposta, como é o caso do Achado”, aponta o bibliotecário. 
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Tipo de Conteúdo: Achado
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