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Vai cair no Enem! 15 questões sobre desinformação
01.11.2024 - 09h47
Rio de Janeiro - RJ
O Enem 2024, que acontece nos dias 3 e 10 de novembro, está se aproximando, e muitos candidatos intensificam os estudos para o exame. Em um mundo cada vez mais conectado, nos tornamos mais vulneráveis a  informações falsas e a capacidade de identificar desinformação passa a ser habilidade indispensável para qualquer cidadão em qualquer contexto, inclusive na hora de ir bem no vestibular. Sabendo da importância do tema, a Lupa reuniu 15 questões de provas anteriores do Enem que tratam sobre desinformação, para que você possa treinar de forma prática e objetiva.
As questões a seguir não apenas testam  seu conhecimento sobre o tema, mas também estimulam uma leitura crítica, essencial em tempos onde o fluxo de informações é gigantesco e constante. 
Preparar-se para o Enem com foco na identificação de desinformação pode fazer a diferença não apenas na prova, mas na sua formação como um leitor mais atento e preparado para a vida acadêmica e profissional.
Nesta seção, você vai encontrar questões ligadas às áreas de Linguagens e Ciências Humanas, campos que serão testados pelo exame junto aos mais de 4 milhões de inscritos na prova do próximo domingo.

1.
Google, Apple, Facebook, Amazon, Microsoft. Esse conjunto de grupos empresariais – ocasionalmente designado como Gafam, Big Tech ou Big Five – é conhecido por sua hegemonia na indústria de tecnologia digital. Nós utilizamos seus sistemas operacionais, fazemos compras e buscas por meio de suas plataformas, mantemos contas em suas redes sociais e conhecemos os nomes e rostos de seus fundadores. Isso ocorre, muitas vezes, sem que sequer tenhamos consciência: quando mandamos áudios por WhatsApp ou vemos stories no Instagram, não é óbvio que esses serviços pertençam à Facebook lnc. Similarmente, o usuário padrão ignora que o sistema Android é desenvolvido pela Google e que ela pertence à Alphabet lnc., conglomerado que também é proprietário do YouTube. Os problemas associados a essa concentração de poder econômico, político e cultural têm sido um foco cada vez maior de atenção pública. Muito se fala sobre como filtros-bolha, bots e desinformação fragilizam a democracia, e manchetes sobre violações da privacidade e da liberdade de expressão dos usuários pelas empresas se tornaram comuns nesta década.
Disponível em: https://irisbh.com.br. Acesso em: 29 maio 2019 (adaptado).
Esse texto problematiza os resultados do desenvolvimento tecnológico da sociedade contemporânea, denunciando o(a) 
a) controle das informações que os usuários fornecem no ambiente virtual.   
b) disponibilização irrestrita de ferramentas digitais para os usuários da web.   
c) abuso no domínio do mercado tecnológico por um grupo pequeno de empresas.   
d) desenvolvimento de tecnologias que visam expor os dados dos usuários nas redes.   
e) desinformação em relação à identidade daqueles que comandam os grupos empresariais.   

2.    
Alternativas ao tipo de consumo cultural apresentado nas tiras resultariam de 
a) democratização do acesso a outras esferas de produção cultural.   
b) emissoras comprometidas com princípios cívicos.   
c) censura moralista diante das informações veiculadas.   
d) acesso da população aos canais de sinal fechado.   
e) movimento das Igrejas cristãs em defesa da família.   
3.
 
A coleta de favas-d'anta é feita por famílias inteiras de trabalhadores rurais (não proprietários). Enquanto o jovem apanhador de favas pode ganhar até R$7,50 por dia, os demais trabalhadores adultos ganham, em média, R$5,12 por dia, podendo dedicar-se a outras atividades extrativistas: a coleta de pequis e panãs, frutos vendidos à beira da estrada, e de lenha, vendida a pequenos compradores. A tabela apresenta a renda média anual dos jovens e adolescentes de uma cidade de Minas Gerais, com essas atividades extrativistas.
Ciência Hoje, junho de 2000.
Foram feitas as seguintes afirmações sobre a importância socioeconômica do extrativismo da fava-d'anta:
I. A desinformação impede qualquer controle da situação por parte dos coletores, aos quais cabe apenas o papel de trabalhadores braçais.
II. O retorno financeiro para a população é compatível com a importância dos produtos derivados da fava.
III. A atividade é menos rentável porque, entre os compradores de favas, existem atravessadores, ao contrário do que acontece na venda do pequi.
IV. A atividade eleva o salário diário do trabalhador, representando a fonte mais importante de sua renda anual.
Está correto apenas o que se afirma em: 
a) I, III e IV   
b) II, III e IV   
c) I e III   
d) II e IV  
e) I e IV  
4.
Na Idade Média, as notícias se propagavam com surpreendente eficácia. Segundo uma emérita professora de Sorbonne, um cavalo era capaz de percorrer 30 quilômetros por dia, mas o tempo podia se acelerar dependendo do interesse da notícia. As ordens mendicantes tinham um papel importante na disseminação de informações, assim como os jograis, os peregrinos e os vagabundos, porque todos eles percorriam grandes distâncias. As cidades também tinham correios organizados e selos para lacrar mensagens e tentar certificar a veracidade das correspondências. Graças a tudo isso, a circulação de boatos era intensa e politicamente relevante. Um exemplo clássico de fake news da era medieval é a história do rei que desaparece na batalha e reaparece muito depois, idoso e transformado. 
Disponível em: www.elpais.com.br. Acesso em: 18 jun. 2018 (adaptado).
A propagação sistemática de informações é um fenômeno recorrente na história e no desenvolvimento das sociedades. No texto, a eficácia dessa propagação está diretamente relacionada ao(à)  
a) velocidade de circulação das notícias.    
b) nível de letramento da população marginalizada.    
c) poder de censura por parte dos serviços públicos.    
d) legitimidade da voz dos representantes da nobreza.    
e) diversidade dos meios disponíveis em uma época histórica.   
5.  
Pode chamar de fake news, notícias falsas de internet, fraude informativa, informações falsas, ou até de misinformation, se prefere inglês, que você estará designando corretamente a mesma doença informacional que se disseminou como uma pandemia pela vida pública mundo afora nos últimos anos, e cujos principais sintomas nas pessoas infectadas consistem na perda da capacidade de distinguir a verdade, de lidar adequadamente com fatos e dados e de tomar decisões bem-informadas. Sabe-se que o portador do vírus se torna alérgico a fatos e evita a todo custo a dissonância cognitiva, isto é, entrar em contato com informações que não satisfaçam os seus desejos e com relatos que se choquem com as suas crenças.
DOURADO, T.; GOMES, W. O que são, afinal, fake news, enquanto fenômeno de comunicação política? In: Anais do VIII Compolítica, Brasília, 2019. Disponível em: http://compolitica.org. Acesso em: 7 out. 2021.
Qual é a consequência do fenômeno apresentado no texto para a vida democrática? 
a) Prática de censura.   
b) Distorção da realidade.   
c) Manifestação de cidadania.   
d) Regulamentação das condutas.   
e) Fortalecimento das instituições. 


6.  
A articulação entre os recursos verbais e não verbais utilizados na construção do texto tem como objetivo 
a) explicar para o público os efeitos de conteúdos enganosos.   
b) expor a fragilidade de tecnologias digitais na manipulação de dados.   
c) promover a partilha de conhecimentos por meio de recursos tecnológicos.   
d) orientar práticas para o reconhecimento de mensagens perigosas em ambientes digitais.   
e) incentivar a adoção de comportamentos adequados na disseminação de informações.   
 
7.  
De vez em quando, nas redes sociais, a gente se pega compartilhando notícias falsas, fotos modificadas, boatos de todo tipo. O problema é quando a matéria é falsa. E, pior ainda, se é uma matéria falsa que não foi criada por motivos humorísticos ou literários (sim, considero o “jornalismo ficcional” uma interessante forma de literatura), mas para prejudicar a imagem de algum partido ou de algum político, não importa de que posição ou tendência. Inventa-se uma arbitrariedade ou falcatrua, joga-se nas redes sociais e aguarda-se o resultado. Nesse caso, a multiplicação da notícia falsa (que está sempre sujeita a ser denunciada juridicamente como injúria, calúnia ou difamação) se dá em várias direções.
Antes de curtir, comentar ou compartilhar, procuro checar as fontes, ir aos links originais.
TAVARES, B. Disponível em: www.cartafundamental.com.br. Acesso em: 20 jan. 2015 (adaptado).
O texto expõe a preocupação de uma leitora de notícias on-line de que o compartilhamento de conteúdos falsos pode ter como consequência a 
a) displicência natural das pessoas que navegam pela internet.   
b) desconstrução das relações entre jornalismo e literatura.   
c) impossibilidade de identificação da origem dos textos.   
d) disseminação de ações criminosas na internet.   
e) obtenção de maior popularidade nas redes.   
 
8.
Tudo era harmonioso, sólido, verdadeiro. No princípio. As mulheres, principalmente as mortas do álbum, eram maravilhosas. Os homens, mais maravilhosos ainda, ah, difícil encontrar família mais perfeita. A nossa família, dizia a bela voz de contralto da minha avó. Na nossa família, frisava, lançado em redor olhares complacentes, lamentando os que não faziam parte do nosso clã. [...] 
Quando Margarida resolveu contar os podres todos que sabia naquela noite negra da rebelião, fiquei furiosa. [...] 
É mentira, é mentira!, gritei tapando os ouvidos. Mas Margarida seguia em frente: tio Maximiliano se casou com a inglesa de cachos só por causa do dinheiro, não passava de um pilantra, a loirinha feiosa era riquíssima. Tia Consuelo? Ora, tia Consuelo chorava porque sentia falta de homem, ela queria homem e não Deus, ou o convento ou o sanatório. O dote era tão bom que o convento abriu-lhe as portas com loucura e tudo. “E tem mais coisas ainda, minha queridinha”, anunciou Margarida fazendo um agrado no meu queixo. Reagi com violência: uma agregada, uma cria e, ainda por cima, mestiça. Como ousava desmoralizar meus heróis?
TELLES, L. F. A estrutura da bolha de sabão. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.
Representante da ficção contemporânea, a prosa de Lygia Fagundes Telles configura e desconstrói modelos sociais. No trecho, a percepção do núcleo familiar descortina um(a) 
a) convivência frágil ligando pessoas financeiramente dependentes.   
b) tensa hierarquia familiar equilibrada graças à presença da matriarca.   
c) pacto de atitudes e valores mantidos à custa de ocultações e hipocrisias.   
d) tradicional conflito de gerações protagonizado pela narradora e seus tios.   
e) velada discriminação racial refletida na procura de casamentos com europeus.     

9.
Texto I
Em março de 2004, o Brasil reconheceu na Organização das Nações Unidas a existência, no país, de pelo menos 25 mil pessoas em condição análoga à escravidão — e esse é um índice considerado otimista. De 1995 a agosto de 2009, cerca de 35 mil pessoas foram libertadas em ações dos grupos móveis de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego.
Mentiras mais contadas sobre trabalho escravo. Disponível em www.reporterbrasil.com.br. Acesso em 22 ago. 2011 (Adaptado).
Texto II 
O Brasil subiu quatro posições entre 2009 e 2010 no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), divulgado pelo Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento. Mas, se o IDH levasse em conta apenas a questão da escolaridade, a posição do Brasil no ranking mundial ficaria pior, passando de 73 para 93.
UCHINAKA, F.; CHAVES-SCARELLI, T. Brasil é país que mais avança, apesar da variável “educação” puxar IDH para baixo. Disponível em: http://noticias.uol.com.br. Acesso em: 22 ago. 2011. (Adaptado). 
Estão sugeridas nos textos duas situações de exclusão social, cuja superação exige, respectivamente, medidas de 
a) redução de impostos e políticas de ações afirmativas.    
b) geração de empregos e aprimoramento do poder judiciário.    
c) fiscalização do Estado e incremento da educação nacional.    
d) nacionalização de empresas e aumento da distribuição de renda.    
e) sindicalização dos trabalhadores e contenção da migração interna.   
Nós adoraríamos dizer que somos perfeitos. Que somos infalíveis. Que não cometemos nem mesmo o menor deslize. E só não falamos isso por um pequeno detalhe: seria uma mentira. Aliás, em vez de usar a palavra “mentira”, como acabamos de fazer, poderíamos optar por um eufemismo. “Meia-verdade”, por exemplo, seria um termo muito menos agressivo. Mas nós não usamos esta palavra simplesmente porque não acreditamos que exista uma “Meia-verdade”. Para o Conar, Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, existem a verdade e a mentira. Existem a honestidade e a desonestidade. Absolutamente nada no meio. O Conar nasceu há 29 anos (viu SÓ? não arredondamos para 30) com a missão de zelar pela ética na publicidade. Não fazemos isso porque somos bonzinhos (gostaríamos de dizer isso, mas, mais uma vez, seria mentira). Fazemos isso porque é a única forma da propaganda ter o máximo de credibilidade. E, cá entre nós, para que serviria a propaganda se o consumidor não acreditasse nela? Qualquer pessoa que se sinta enganada por uma peça publicitária pode fazer uma reclamação ao Conar. Ele analisa cuidadosamente todas as denúncias e, quando é o caso, aplica a punição.
Anúncio veiculado na Revista Veja. São Paulo: Abril. Ed.2120, ano 42, nº27, 8 jul. 2009. 

10.  
O recurso gráfico utilizado no anúncio publicitário - de disfarçar a potencial supressão de trecho do texto - reforça a eficácia pretendida, revelada na estratégia de 
a) ressaltar a informação no título, em detrimento do restante do conteúdo associado.   
b) incluir o leitor por meio do uso da 1ª pessoa do plural no discurso.   
c) contar a história da criação do órgão como argumento de autoridade.   
d) subverter o fazer publicitário pelo uso de sua metalinguagem.   
e) impressionar o leitor pelo jogo de palavras no texto. 
  
11.  
Texto 1
Mulher, Irmã, escuta-me: não ames,
Quando a teus pés um homem terno e curvo
jurar amor, chorar pranto de sangue,
Não creias, não, mulher: ele te engana!
As lágrimas são gotas da mentira
E o juramento manto da perfídia.
(Joaquim Manoel de Macedo)
Texto 2
Teresa, se algum sujeito bancar o
sentimental em cima de você
E te jurar uma paixão do tamanho de um
bonde
Se ele chorar
Se ele ajoelhar
Se ele se rasgar todo
Não acredite não Teresa
É lágrima de cinema
É tapeação
Mentira
CAI FORA
(Manuel Bandeira)
Os autores, ao fazerem alusão às imagens da lágrima sugerem que: 
a)  há um tratamento idealizado da relação homem/mulher.   
b) há um tratamento realista da relação homem/mulher.   
c) a relação familiar é idealizada.   
d) a mulher é superior ao homem.   
e) a mulher é igual ao homem.   

12.
Texto I
A nova opinião pública e as redes digitais
Todas as vezes que os injustiçados do mundo ganham espaço nas telinhas dos gadgets de última geração e nas correntes caudalosas de e-mails, e o barulho digital é tanto que chega até aos veículos de comunicação tradicionais, muita gente destaca as boas qualidades do que chamam de uma nova opinião pública.
É difícil não nos confrontarmos com as novas formas que a sociedade utiliza para se inteirar, integrar-se, persuadir, manipular, controlar, aprender, fazer-se ver e ser vista, conversar e fofocar. Isso porque, o tempo todo, as multidões estão opinando, capturando imagens em quantidade descomunal e disponibilizando-as facilmente para audiências abrangentes.
Essa produção midiática da multidão, muitas vezes formatada sem preocupações técnicas, éticas e estéticas, com certeza não contribui para a consolidação de uma conversação democrática, que respeite a alteridade, dê tempo ao contraditório e à comunicação. Essa nova opinião pública é rápida em linchamentos simbólicos e em expressar preconceitos em mensagens rapidinhas, de 140 caracteres.
AMADEU, S. Disponível em: www.sescsp.org.br. Acesso em: 26 nov. 2021 (adaptado).
Texto II
Uma nova opinião pública. Será?
A internet inverteu o ecossistema comunicacional. O difícil não é falar. Agora, o grande problema é ser ouvido. Todavia, quando alguém fala algo que todos queriam ouvir, uma onda imediatamente se forma no oceano informacional e pode gerar ações concretas nas ruas, nos mercados, nas bolsas de valores.
A rede é um articulador coletivo de diversas causas. Não podemos ter a ilusão de que somente ideias democratizantes e ligadas à nobre causa da defesa ambiental é que geram adeptos. Uma análise mais aprofundada das ações e do ativismo em rede permite observar que cada vez mais se formam redes de opinião distintas e muitas vezes opostas.
Por fim, também é preciso notar que a internet é uma rede de arquitetura distribuída. Por isso, sua natureza é mais propícia às ações democratizadoras, livres e favoráveis ao compartilhamento do que às posturas que visam simplesmente à dominação, ao controle autoritário e ao impedimento da troca de arquivos digitais.
NASSAR, P. Disponível em: www.sescsp.org.br. Acesso em: 26 nov. 2021 (adaptado).
Com relação à produção da opinião pública na contemporaneidade, os textos I e II divergem sobre o(a) 
a) compreensão da internet como espaço de construção democrática.   
b) uso mal-intencionado das tecnologias de informação e comunicação.   
c) entendimento da internet como meio de exposição de pensamentos.   
d) impacto das postagens nas redes de defensores de causas minoritárias.   
e) falta de curadoria dos conteúdos disponíveis nos ambientes virtuais.   

13.
Nesse texto, ao combinar os gêneros anúncio e manchete de notícia, o autor pretende 
a) destacar a variedade de informações divulgadas na mídia.   
b) aproximar o leitor da realidade vivenciada pelas celebridades.   
c) criticar a superficialidade de notícias em veículos de comunicação.   
d) ilustrar a inclusão da população carente em campanhas publicitárias.   
e) conscientizar o leitor acerca da responsabilidade social nos anúncios.   

14. 
O boato insiste em ser um gênero da comunicação. Um rumor pode nascer da má-fé, do mal-entendido ou de uma trapalhada qualquer. O primeiro impulso é acreditar, porque: 1 - confiamos em quem o transmite; 2 - é fisicamente impossível verificar a veracidade de tudo; 3 - os meios de comunicação estão sistematicamente relapsos com a verificação de seus conteúdos e, se eles fazem isso, o que nos impede?
O boato não informa, mas ensina: mostra como uma sociedade se prepara para tomar posição. A nossa tem se aplicado na tarefa de desmantelar equipes de jornalistas que dão nome de “informação” a todo tipo de “copia e cola” difundido pela internet como se fosse um fato verídico. A comunicação atual depende, cada vez mais, do modo como vamos lidar com os rumores.
PEREIRA JR., L. C. Língua Portuguesa, n. 93, jul. 2013 (adaptado).
Em relação aos boatos que circulam ininterruptamente na internet, esse texto reconhece a importância da posição tomada pelo internauta leitor ao 
a) confiar nos contatos pessoais que transmitiram a informação.   
b) acompanhar e reproduzir o comportamento dos meios de comunicação.   
c) seguir as contas dos jornalistas nas diversas redes sociais existentes.   
d) excluir de seus contatos usuários que não confirmam a veracidade das notícias.   
e) pesquisar em diferentes mídias a veracidade das notícias que circulam na rede.   
 
15.  
Letter to the Editor
Michael Gerson’s Oct. 19 Tuesday Opinion column, “The state laboratory of idiocracy strikes again” did not highlight the disservice done to the Black community or any other minority group affected by White history. I wonder about how this will manipulate the perceptions of minorities in the eyes of students. The misguided stereotypes and assumptions perpetuated by these curriculum restrictions will likely prevent Black Americans from expressing themselves safely.
It’s plausible to assume that continued miseducation over generations could create a sense of false comfort for Black Americans. Without proper access to history, minorities might begin to forget the oppression they have faced and the injustices they are currently dealing with. Lacking this vital historical education only serves to continue the longstanding issue of misinformation in modern generations.
The problems are only the start of the issues that could begin to plague the American education system.
Riley Kilcarr, Springfield.
Disponível em: www.washingtonpost.com. Acesso em: 29 out. 2021.
O autor dessa carta se reporta ao editor de um jornal para 
a) criticar uma matéria.  
b) manipular estudantes.   
c) atacar uma comunidade.   
d) revelar uma premonição.   
e) propagar desinformação.   

Gabarito:  
Resposta da questão 1: [C]
O texto aborda a questão da hegemonia tecnológica por pequeno grupo de empresas, (as Big Five - Google, Apple, Facebook, Amazon, Microsoft) e os efeitos negativos que essa concentração de poder traz à democracia e aos direitos de expressão e privacidade dos usuários dessas plataformas. Assim, é correta a opção [C].  
Resposta da questão 2: [A]
A discussão sobre a democratização do acesso à mídia é bastante importante. Assim, possibilita-se a constituição de uma sociedade mais plural e democrática, que tem acesso a diversos meios de comunicação e pode construir uma concepção crítica sobre o mundo em que se insere.  
Resposta da questão 3: [C]
O potencial da agricultura familiar é muito grande. Ela é muito diversificada e é responsável pelo atendimento dos milhões de moradores das cidades. Sem contar que serve de sustento às famílias que comercializam os excedentes de produção. A partir dos anos 2003 em diante, o governo vem investindo no setor e tendo um retorno satisfatório. No entanto, é preciso resgatar os trabalhadores rurais sem propriedade para incluí-los nos programas sociais de desenvolvimento agrícola, com acesso ao crédito e tecnologia, para que ele saia da situação de miséria a partir dos baixos rendimentos mostrados na tabela.
A assertiva II é falsa: esse tipo de trabalho não traz ao camponês o retorno a partir da cadeia produtiva da fava. Ele só vende o produto, in natura, não participando da agregação de valor do produto final;
A assertiva IV é falsa: a atividade não é a fonte principal de renda desse tipo de trabalhador.  
Resposta da questão 4: [E]
As opções [A], [B], [C] e [D] são incorretas, pois 
[A] a eficácia da propagação de notícias não dependia da velocidade de circulação, mas de vários outros fatores, como a participação de ordens mendicante peregrinos e vagabundos ou ainda existência de correios organizados.
[B] O nível de alfabetização não influía na eficácia da propagação de notícias, já que a população marginalizada, analfabeta na sua maioria, era também importante no processo de disseminação dessas informações. 
[C] e [D] No texto, não existem referências a qualquer tipo de censura ou à participação dos representantes da nobreza na propagação de notícias na Idade Média. 
Assim, é correta a opção [E], na medida em que a eficácia dessa propagação está diretamente relacionada à diversidade dos meios disponíveis na Idade Média: ordens mendicantes, jograis, peregrinos, vagabundos, correios organizados, entre outros.  
Resposta da questão 5: [B]
Apenas a alternativa [B] está correta. A disseminação de fake news representa uma ameaça a democracia por distorcer a realidade em alguns aspectos importantes: promovendo desinformação eleitoral; estimulando polarização e conflito; oferecendo prejuízo a credibilidade das Instituições; manipulando a opinião pública; prejudicando os debates públicos; entre outros. Assim, as fake news distorcem a realidade de maneiras que podem minar os princípios fundamentais da governança democrática.  
Resposta da questão 6: [E]
As opções [A], [B], [C] e [D] são incorretas, pois a imagem de um celular na mão de um usuário e as frases que a acompanham NÃO têm como objetivo 
[A] expor as consequências da divulgação de conteúdos falsos. 
[B] A manipulação de dados é recurso utilizado por usuários que divulgam notícias falsas, não pela fragilidade de tecnologias digitais. 
[C] A partilha da notícia deve ser realizada por meio de recursos tecnológicos apenas e depois de verificado não só o título, como a autenticidade de todo o conteúdo. 
[D] O texto verbal e não verbal não informa sobre o que é necessário para reconhecer notícias falsas em ambientes digitais. Aconselha a ler não só a manchete atrativa, mas também todo o conteúdo da notícia. 
Assim, é correta a opção [E], ou seja, os recursos verbais e não verbais utilizados na construção do texto tem como objetivo incitar a adoção de comportamentos apropriados para a propagação correta de informações.  
Resposta da questão 7: [D]
Segundo a leitora, o compartilhamento de conteúdos falsos pode prejudicar a imagem de partidos ou de algum político através de veiculação de notícias, escritas e publicadas com a intenção de enganar o público leitor, a fim de obter ganhos financeiros ou políticos. Dessa forma, pode ter como consequência a disseminação de ações criminosas (“injúria, calúnia ou difamação”) na internet. Assim, é correta a opção [D].   
Resposta da questão 8: [C]
No excerto, a narradora exprime a sua revolta quando Margarida desconstrói a versão idealizada da família que a avó, orgulhosamente, pretendia transmitir aos que a ouviam. Ao invés de virtudes e de comportamento digno, são revelados os podres familiares, mantidos em segredo para manter as aparências. Assim, é correta a opção [C], pois o núcleo familiar afirma-se, hipocritamente, em um pacto de atitudes e valores mantidos à custa de ocultações e falsidades.  
Resposta da questão 9: [C]
Para coibir a escravidão por dívida, frequente em municípios menos desenvolvidos da Amazônia e do Nordeste, é fundamental incrementar a fiscalização e a repressão do poder público com ações integradas do Ministério do Trabalho, Poder Judiciário e Política Federal.
A melhor a posição do país no IDH é fundamental aumentar os investimentos e melhorar a gestão no setor de educação.  
Resposta da questão 10: [D]
Ao suprimir o trecho do texto com um traço, permitindo a leitura do que havia sido escrito antes (“E ele é 100% eficiente nesta missão”), a propaganda subverte o fazer publicitário pelo uso da metalinguagem.  
Resposta da questão 11: [A]
A imagem da lágrima associa o sentimento amoroso à dor e sofrimento, característica típica da idealização romântica do séc. XIX, escola literária a que está vinculado Joaquim Manoel de Macedo. Manuel Bandeira, poeta do 1º Tempo do Modernismo brasileiro, ironiza essa visão idealizadora ao associá-la a “tapeação” e a “mentira”, recurso estratégico do homem para seduzir a mulher.  
Resposta da questão 12:[A]
As opções [B], [C], [D] e [E] são incorretas, pois
[A] ambos os textos comungam da mesma opinião sobre o uso de postagens com intenção de prejudicar algo ou alguém. No texto I, através de termos como “persuadir, manipular, controlar, aprender, fazer-se ver e ser vista” e no texto II, com a frase “Não podemos ter a ilusão de que somente ideias democratizantes e ligadas à nobre causa da defesa ambiental é que geram adeptos”.  
[C] Tanto o texto I, quanto o II entendem a internet como meio de exposição de pensamentos: “É difícil não nos confrontarmos com as novas formas que a sociedade utiliza para se inteirar, integrar-se” e “cada vez mais se formam redes de opinião distintas e muitas vezes opostas”, respectivamente. 
[D] Ambos convergem no impacto das postagens nas redes de defensores de causas minoritárias: “Todas as vezes que os injustiçados do mundo ganham espaço nas telinhas”, no texto I e “A rede é um articulador coletivo de diversas causas”, no II. 
[E] Nem no texto I, nem no II existem referências à falta de curadoria dos conteúdos disponíveis nos ambientes virtuais.  
Assim, é correta a opção [A], na medida em que os textos divergem quanto à compreensão da internet como espaço de construção democrática, como evidente no último parágrafo de cada texto.   
Resposta da questão 13: [C]
O texto, ao utilizar a imagem de um homem descalço e sentado no meio da rua enquanto segura um cartaz que anuncia um fato irrelevante, encabeçando a frase em caixa alta “O PROBLEMA NÃO É O QUE VIRA NOTÍCIA, MAS O QUE DEIXA DE SER”, demonstra que o autor NÃO pretende 
[A] dar destaque à variedade de informações na mídia; 
[B] fazer com que a realidade do leitor fique mais próximo das celebridades; 
[D] demonstrar a participação da população carente em ações de caráter propagandístico;
[E] fazer com que o leitor compreenda seus direitos e deveres como cidadão face à realidade sociopolítica do país. 
Assim, é correta a opção [C], na medida em que o autor pretende criticar a superficialidade e irrelevância de notícias em veículos de comunicação.  
Resposta da questão 14: [E]
As opções [A], [B], [C] e [D] são incorretas, pois
[A] as informações vindas de fontes em que confiamos nem sempre são verdadeiras.   
[B] não se pode confiar nos meios de comunicação que são “sistematicamente relapsos com a verificação de seus conteúdos”. 
[C] as redes sociais transcrevem informações sem verificarem a sua veracidade. 
[D] o texto não faz alusão a exclusão de contatos com usuários que não confirmam a veracidade das notícias.  
Assim, é correta a opção [E].  
Resposta da questão 15: [A]
Nas primeiras linhas do texto, Riley Kilcarr deixa claro sua crítica ao falar que “O laboratório estatal da idiocracia ataca novamente", ainda, que o mesmo não destacou o mau serviço prestado à comunidade negra ou a qualquer outro grupo minoritário afetado pela história dos brancos, como é dito em: “The state laboratory of idiocracy strikes again” did not highlight the disservice done to the Black community or any other minority group affected by White history.”.
Assim, a alternativa correta é a de letra [A].  

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