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Por onde andam os 18 membros da comissão técnica do 7×1?
08.07.2016 - 11h28
Rio de Janeiro - RJ
Há exatos dois anos, os brasileiros assistiam – perplexos – a uma das mais dolorosas derrotas da seleção masculina de futebol. Na Copa do Mundo de 2014, no estádio do Mineirão, a Alemanha derrotava o Brasil por um amargo 7 a 1. Desde aquele dia, o time nacional passou por diversas renovações. Já chegou inclusive a entrar em campo sem nenhum dos jogadores que participaram daquela derrota. Mas o que aconteceu com a comissão técnica responsável por aquele grupo? Ainda trabalha na Confederação Brasileira de Futebol (CBF)?
Entre roupeiros e técnico, a comissão responsável pela seleção masculina da Copa do Mundo de 2014 tinha 18 membros. O levantamento feito pela Lupa nos últimos dias revela que uma parte deles subiu na hierarquia da CBF, outra foi parar na China, e uma terceira, na série B do campeonato nacional. Confira.

DO OUTRO LADO DO MUNDO

O técnico Luiz Felipe Scolari, conhecido como Felipão, voltou às raízes. Dias depois de ser demitido pelo fracasso na Copa, foi anunciado técnico do Grêmio (http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticia/2014/07/felipao-e-o-novo-tecnico-do-gremio-4562734.html?utm_source=Redes%20Sociais&utm_medium=Hootsuite&utm_campaign=Hootsuite), time que havia comandado 18 anos antes. Mas o trabalho no sul do país também não foi fácil. Em maio de 2015, antes de completar um ano no cargo e diante de derrotas sucessivas, Felipão pediu demissão. Hoje treina o time chinês Guangzhou Evergrande.
O assistente técnico Flávio da Cunha Teixeira, o Murtosa, acompanhou Felipão na seleção de 2014 e no Grêmio. Em junho de 2015, quando o técnico foi chamado para liderar o Guangzhou, Murtosa foi junto com ele. Da época da Copa do Brasil, Felipão também levou o preparador de goleiros Antônio Carlos Pracidelli, conhecido como Carlão. Foi assim que, dos 18 membros da comissão técnica do 7×1, três foram parar na China.

NO ALTO ESCALÃO DA CBF

Outra parte da comissão técnica aproximou-se ainda mais do centro de decisões da CBF. Carlos Alberto Parreira, que foi coordenador técnico em 2014, anunciou, logo depois da derrota para a Alemanha, que se aposentaria. Voltou-se, então para sua empresa, a Next Global, que trabalha com comércio exterior. Mas, em abril deste ano, em meio à crise institucional que se instalou na CBF por conta de investigações feitas pelo FBI mundialmente, Parreira foi chamado para compor um comitê de reformas do futebol brasileiro. A entidade foi estabelecido dentro da própria confederação.
Rodrigo Lasmar é o único dos três médicos da Copa de 2014 que ainda trabalha na CBF. E também ascendeu na hierarquia. Desde maio de 2015, é vice-presidente da recém-criada Comissão Nacional de Médicos do Futebol. A assessoria de imprensa da CBF confirma que, atualmente, apenas Lasmar e Parreira continuam na entidade, ressaltando, no entanto, que eles não fazem parte da comissão técnica da seleção masculina de futebol.

E OS OUTROS MÉDICOS?

O médico José Luiz Runco se aposentou. Hoje ele é sócio do Hospital Pasteur, um dos mais importantes do Rio de Janeiro. Além disso, Runco também tem atuado como representante comercial de produtos ligados à recuperação física de atletas.
O terceiro membro da equipe médica da seleção de 2014, Serafim Borges, trabalha na comissão técnica do Flamengo. Ao seu lado, tem o massagista de 2014, Adenir Silva, conhecido como Deni.
O porta-voz do time derrotado na Copa do Brasil, o assessor de imprensa Rodrigo Paiva, foi demitido logo depois dos jogos. Durante o evento, Paiva foi expulso pela Fifa por se envolver em uma confusão com o atacante chileno Maurício Pinilla. Com doze anos de serviços prestados à CBF, o assessor cogitou lançar um livro sobre suas histórias, mas desistiu. Atualmente, atua como consultor e palestrante. Seu último trabalho foi junto ao Comitê Olímpico Brasileiro.
Os dois preparadores físicos de 2014 atuam, hoje em dia, em times nacionais – não mais com a seleção. Paulo Paixão está no Sport-PE, e Anselmo Sbragia, no Atlético Paranaense.
O fisioterapeuta Luiz Alberto Rosan tem consultório próprio. Odir de Souza Carmo, que compunha a equipe ao seu lado, virou representante regional em um conselho profissional de fisioterapia.
O analista de desempenho tático Thiago Larghi foi parar no Sport Recife.
A Lupa não localizou o administrador Guilherme Ribeiro, o chefe de segurança Castelo Branco e os roupeiros Antônio de Assis e Rogelson Barreto. A CBF confirmou que eles não fazem mais parte do quadro da comissão técnica da seleção, mas também não soube apontar seu paradeiro.
Nota: A comissão técnica é formada a partir da convocação de cada técnico, assim como ocorre com os jogadores. Portanto, é possível que alguns dos profissionais citados acima voltem a participar da comissão a partir da próxima convocação feita pelo do novo técnico, Tite.
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Ítalo Rômany
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