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Enfermeira vacinada em SP tinha recebido placebo em testes da Coronavac
18.01.2021 - 10h06
Rio de Janeiro - RJ
Circula nas redes sociais que Mônica Calazans, enfermeira que recebeu a primeira dose da vacina Coronavac após aprovação pela Anvisa, tinha participado dos estudos do imunizante, e, portanto, já estava imunizada. Por meio do ​projeto de verificação de notícias​, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa:
“Por quê (sic) Mônica Calazans tomou a ‘primeira vacina’ se teoricamente ela já estava imunizada por ter participado dos estudos da vacina experimental do Butantan?”
Imagem publicada no Facebook que, até as 9h do dia 18 de janeiro de 2021, tinha sido compartilhada por mais de 400 pessoas
Falso
A informação analisada pela Lupa é falsa. A enfermeira Mônica Calanzans não havia sido imunizada durante os testes da Coronavac. Ela, de fato, participou como voluntária da terceira fase de estudos clínicos da vacina, mas não recebeu o imunizante naquele momento. Calazans fazia parte do grupo controle — que recebe placebo.
Em qualquer estudo duplo-cego randomizado, um grupo de pacientes recebe o medicamento que está sendo testado e outro, chamado de grupo de controle, recebe um placebo. Nem os médicos, nem os pacientes sabem quem está em qual grupo até o fim da pesquisa.
Com a conclusão dos testes, os pesquisadores souberam que Mônica havia recebido placebo, e ela, portanto, pôde ser a primeira pessoa imunizada contra a Covid-19 no Brasil pela vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan e a chinesa Sinovac.
Nota:‌ ‌esta‌ ‌reportagem‌ ‌faz‌ ‌parte‌ ‌do‌ ‌‌projeto‌ ‌de‌ ‌verificação‌ ‌de‌ ‌notícias‌‌ ‌no‌ ‌Facebook.‌ ‌Dúvidas‌ sobre‌ ‌o‌ ‌projeto?‌ ‌Entre‌ ‌em‌ ‌contato‌ ‌direto‌ ‌com‌ ‌o‌ ‌‌Facebook‌.
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