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É falso que taxa de mortalidade aumentou em Israel após aplicação da vacina da Pfizer
05.03.2021 - 20h06
Rio de Janeiro - RJ
Circula pelas redes sociais que a taxa de mortalidade por Covid-19 aumentou em Israel depois que o país começou a vacinar a população com as doses do imunizante da Pfizer. O post reproduz o título de um conteúdo publicado no site ContraFatos e sugere que essa denúncia foi feita por pesquisadores. Por meio do ​projeto de verificação de notícias​, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa:
“Pesquisadores: Taxas De Mortalidade Disparam Em Israel Após Vacinação Contra COVID Da Pfizer”
Título de conteúdo publicado no Facebook que, até as 18h do dia 5 de março de 2021, tinha sido compartilhado por 93 pessoas
Falso
A informação analisada pela Lupa é falsa. Israel começou a campanha de vacinação no final de dezembro com o imunizante da Pfizer/BioNTech, e desde o final de janeiro, a curva de novos casos e de mortes diárias por Covid-19 vem caindo. O último pico de óbitos registrados em um único dia no país foi em 21 de janeiro, quando 101 pessoas faleceram, conforme os dados disponíveis na plataforma Worldometers. Diferentemente do que sugere a publicação, de lá para cá os números diminuíram e em 4 de março caíram para 19.
A publicação Our World in Data, plataforma que reúne dados analíticos e estatísticos sobre o novo coronavírus em todo o mundo, criou uma página especial para medir como a vacinação está impactando a evolução de casos da doença em Israel. Em 4 de março, a plataforma indicou que mais de 40% da população já tinha recebido a segunda dose da vacina. Também mostrou que, até 6 de fevereiro, 80% das pessoas acima de 60 anos do país receberam a primeira ou segunda dose. Como resultado, o número de hospitalizações de idosos com quadro grave de Covid-19 caiu, bem como o número de mortes vem decrescendo.
A campanha israelense vem sendo apontada como um modelo e os resultados, até agora, são considerados encorajadores. Em 18 de fevereiro, a Lancet, uma das principais revistas científicas do mundo, publicou o resultado de uma avaliação sobre a taxa de infecção por SARS-CoV-2 em Israel depois do início da imunização com a BNT162b2, nome da vacina da Pfizer.
Os dados indicaram reduções substanciais de infecção pelo novo coronavírus após administração da primeira dose. Esse resultado, dizem os pesquisadores que assinam o artigo, dá suporte para o adiamento da segunda dose em países que enfrentam escassez de vacinas e recursos, de modo a permitir maior cobertura da população com uma única dose. O artigo conclui, no entanto, que é necessário um acompanhamento por mais tempo para avaliar a eficácia em longo prazo de uma única dose.
Nota:‌ ‌esta‌ ‌reportagem‌ ‌faz‌ ‌parte‌ ‌do‌ ‌‌projeto‌ ‌de‌ ‌verificação‌ ‌de‌ ‌notícias‌‌ ‌no‌ ‌Facebook.‌ ‌Dúvidas‌ sobre‌ ‌o‌ ‌projeto?‌ ‌Entre‌ ‌em‌ ‌contato‌ ‌direto‌ ‌com‌ ‌o‌ ‌‌Facebook‌.
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