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É falso que líder do Hamas ordenou morte de judeus no mundo inteiro
16.10.2023 - 18h05
Porto Alegre - RS
Post diz que um dos fundadores do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), Khaled Mashal, realizou um pronunciamento ordenando que todos os islâmicos do mundo iniciem uma matança contra os judeus que encontrarem nas ruas. É falso.
Por meio do ​projeto de verificação de notícias​, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa​:
URGENTE
Líder do Hamas ordena morte a todos judeus do mundo inteiro!!!
Khaled Mashal em pronunciamento ordenou que nesta sexta-feira 13 todos os islâmicos no mundo iniciem uma Jihad (matança) contra todos os judeus que encontrarem nas ruas!
– Texto em post que circula nas redes sociais
Falso
Khaled Mashal (também grafado como Khaled Meshaal) não é o atual líder do Hamas e não ordenou uma matança de judeus no mundo inteiro. Na quarta-feira (11), o ex-chefe da organização encaminhou à agência Reuters um vídeo no qual convocou protestos para sexta (13) em todo o mundo árabe em apoio aos palestinos.
Em seu pronunciamento, Mashal convoca países da região — Jordânia, Síria, Líbano e Egito — para lutarem ao lado dos palestinos. Ele estende a convocação aos estudiosos da jihad. "Para todos os estudiosos que ensinam a jihad... para todos os que ensinam e aprendem, este é um momento para a aplicação (de teorias)", disse Meshaal, em trecho do vídeo.
Ao contrário do que aponta a publicação falsa, a palavra “jihad” não deve ser interpretada como “matança”. O termo, de forma geral, significa “lutar”. No islã, pode significar, entre outras definições, uma guerra pela fé contra os “infiéis”. A palavra também é comumente traduzida como “luta armada”.
Além disso, não há qualquer citação a “judeus” no pronunciamento de Mashal divulgado pela Reuters.

Conflito

Em 7 de outubro, o Hamas lançou um ataque contra Israel a partir da Faixa de Gaza, realizando massacres e fazendo reféns. Israel declarou situação de guerra e respondeu com uma série de bombardeios. Até o momento, mais de 4 mil pessoas morreram (2.670 em terrotório palestino e 1,4 mil em Israel).
Esse conteúdo também foi verificado por Boatos.Org.
Nota: Este conteúdo faz parte do projeto Mídia e Democracia, produzido pela Escola de Comunicação, Mídia e Informação da Fundação Getulio Vargas (FGV ECMI) em parceria com Democracy Reporting International e a Lupa. A iniciativa é financiada pela União Europeia.

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