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É falso que Moraes determinou operação contra pai de Gabriela Ritter em represália a live
16.01.2024 - 18h50
Rio de Janeiro - RJ
Circula nas redes uma publicação afirmando que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), teria emitido um mandado de busca e apreensão contra o pai da advogada e presidente da Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de Janeiro, Gabriela Ritter, em represália à participação dela em uma live promovida na madrugada daquele dia. A transmissão criticou a condução das investigações sobre os atos golpistas que levaram à depredação dos prédios dos Três Poderes em Brasília. É falso. 
Por meio do ​projeto de verificação de notícias​, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa​:
“Em represália a SuperLive da Verdade que ocorreu na virada do 8 de janeiro de 2024, Moraes enviou a PF para fazer busca e apreensão hoje pela manhã (8 de janeiro de 2024) na casa do pai da Dra. Gabriela Ritter, presidente da @AsfavFamilas (Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de janeiro) [Miguel Fernando Ritter]”
– Texto em imagem que circula nas redes sociais
Falso
A operação de busca e apreensão, bem como o bloqueio de bens, contra o pai de Gabriela Ritter, Miguel Fernando Ritter, realizados em 8 de janeiro de 2024, foram autorizados pelo STF em 29 de dezembro de 2023 e encaminhados à Polícia Federal (PF) em 4 de janeiro de 2024. Ou seja, dias antes da realização da “SuperLive da Verdade”, citada na publicação que circula nas redes sociais, conforme esclareceu o STF em nota à Lupa
A Corte também informou que Miguel e Gabriela Ritter estão sendo investigados em um processo sigiloso, com base em representação apresentada pela PF em 7 de dezembro de 2023.
A “SuperLive da Verdade”, promovida na virada do dia 7 para o dia 8 de janeiro de 2024, contou com a participação de Gabriela Ritter, comunicadores, familiares de presos pelos atos golpistas de 8 de janeiro e políticos críticos à operação Lesa Pátria, que investiga os ataques às sedes dos Três Poderes.

Operação Lesa Pátria

Em 8 de janeiro de 2024, a PF deflagrou a 23ª fase da Operação Lesa Pátria, cumprindo  46 mandados de busca e apreensão e um de prisão. 
As ações foram realizadas no Distrito Federal e nos estados do Rio Grande do Sul, Bahia, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Maranhão, Paraná, Rondônia, São Paulo, Tocantins e Santa Catarina.
O mandado de prisão preventiva foi executado na Bahia contra o microempresário Wagner Freire Ferreira Filho, suspeito de financiar um dos ônibus que saiu da Bahia para participar dos atos em Brasília.
Segundo a PF, até o dia 8 foram cumpridos 97 mandados de prisão preventiva, 313 de busca e apreensão, além de 1.393 prisões em flagrante.

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Ítalo Rômany
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