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É falso que cloroquina salvou 170 mil pessoas na 1ª onda da Covid
16.02.2024 - 17h00
Rio de Janeiro - RJ
Circula pelo WhatsApp o print de uma publicação do UOL supostamente noticiando um estudo que teria mostrado que o uso de cloroquina “salvou 170 mil pessoas na 1ª onda de Covid”. É falso. 
Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação​:
“Cloroquina salvou 170 mil pessoas na 1ª onda da covid, diz estudo”
– Texto em imagem que circula em grupos de WhatsApp
Falso
Trata-se de uma montagem. O texto original foi publicado pelo colunista do UOL Jamil Chade, em 5 de janeiro de 2024, com o título: “Cloroquina matou 17 mil pessoas na 1ª onda da Covid, diz estudo”. Ou seja, a reportagem mostra que o composto estaria relacionado ao aumento das mortes pela doença – não o contrário, como alegado na peça desinformativa. 
A pesquisa, publicada na revista científica Biomedicine & Pharmacotherapy, aponta que aproximadamente 17 mil mortes podem estar associadas ao uso da hidroxicloroquina no tratamento de pacientes hospitalizados com Covid-19, entre março e agosto de 2020. 
A conclusão foi baseada na revisão de 44 estudos de coorte — tipo de pesquisa observacional em epidemiologia que busca analisar a incidência de uma determinada doença em uma população ao longo do tempo —, envolvendo pacientes internados na Bélgica, França, Itália, Espanha, Turquia e Estados Unidos. O Brasil não está entre as nações estudadas. 
A partir dos dados dos estudos, os pesquisadores calcularam a estimativa da quantidade de pacientes hospitalizados com Covid-19 em cada país, a taxa de prescrição da hidroxicloroquina como parte do tratamento da doença e o total de mortes com o uso da medicação.  
Com base nisso, os cientistas franceses estimaram que a hidroxicloroquina poderia estar relacionada a 95 mortes na Turquia, 199 na França, 240 na Bélgica, 1.822 na Itália, 1.895 na Espanha e 12.739 nos Estados Unidos.

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