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Lupa
60 anos após golpe, grupos reciclam fakes nas redes para exaltar ditadura
28.03.2024 - 12h45
João Pessoa - PB
Aviso: essa reportagem tem imagens com conteúdo sensível 
Teses negacionistas e conteúdos falsos em torno da ditadura militar — como a de que só "terroristas" eram torturados e assassinados — voltam a ser reciclados nas redes entre grupos da extrema-direita para exaltar os 60 anos do início do regime golpista de 1964 no Brasil. As mensagens compartilhadas afirmam que não existiu uma ditadura militar, mas um regime para acabar com o "perigo comunista" que supostamente se avizinhava.
"Exatamente como digo, o regime militar só foi ruim pra vagabundo comunista (esses que aí estão até hoje, políticos, artistas, cantores, jornalistas etc)...eles praticavam terrorismo, ASSALTO EM BANCOS, JOGAVAM BOMBAS EM SOLDADOS, FAZIAM ARRUAÇAS, praticavam coisas terríveis", diz um dos trechos postado por um usuário em um grupo do WhatsApp que a reportagem acompanha.
Dentre as teorias defendidas por esses grupos, está a de que não havia violência urbana, tampouco corrupção. As mensagens também reafirmam, sem provas, que mais de 600 militares foram assassinados pela esquerda durante o regime militar. "Só semanas depois as Forças Armadas resolveram aceitar e se instalou um regime militar, não uma ditadura, continuaram ocorrendo eleições e sempre avançando em outras esferas até o momento de ter eleições presidenciais. Ñ foi golpe", diz outro trecho de uma outra mensagem.
Os grupos também recuperam posts enganosos já desmentidos para dar ressonância às ideias negacionistas, a exemplo da publicação falsa que afirma que a jornalista Miriam Leitão foi presa por participar de um assalto a banco em 1968, durante a ditadura militar do Brasil. 
A Lupa consultou três especialistas, documentos e dados públicos para desmentir as principais narrativas desinformativas que estão circulando sobre o golpe de 1964. Confira:

Posts falsos voltam a circular

Posts falsos já desmentidos voltaram a ganhar força em grupos de mensagens e nas redes com a proximidade da data que deu início ao golpe de 1964. 
Um exemplo é a imagem e texto que atribuem à jornalista Miriam Leitão a participação no assalto a um banco no ano de 1968, durante a ditadura militar do Brasil. O post vem acompanhado da seguinte legenda: “Foto do julgamento do assalto ao Banco Banespa da Rua Iguatemi, em São Paulo, ocorrido no dia 06 de outubro de 1968. A assaltante usava um revólver calibre 38 e junto com seus comparsas levou 80 mil cruzeiros, que seria equivalente a R$ 800 mil. Alguém reconhece a assaltante [foto da jornalista Miriam Leitão dos arquivos da ditadura]?”
Post falso sobre prisão de Miriam Leitão volta a circular nas redes
A jornalista Miriam Leitão não participou de um assalto à agência do Banespa na capital paulista, em outubro de 1968. À época, ela tinha 15 anos de idade e morava em Caratinga, Minas Gerais, onde nasceu e cresceu. Miriam foi realmente presa quatro anos depois, no 38º Batalhão de Infantaria em Vila Velha, no Espírito Santo. Na época tinha 19 anos e morava em Vitória. Estava grávida de seu filho mais velho, Vladimir Netto, e ficou detida por três meses. Nesse período foi torturada, espancada e ameaçada de estupro. Em determinada ocasião, um homem identificado como Dr. Pablo colocou uma jibóia dentro da sala e a deixou nua, sozinha com o animal.
Depois de ser solta, Miriam foi processada por participação na organização do PCdoB - à época um partido clandestino - por aliciamento de estudantes, panfletagem e pichações. Ela não foi acusada, em momento algum, de participar da luta armada ou de assalto a bancos. 
Também voltou a circular nas redes um vídeo que acusa a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) de participar da morte de um soldado nos anos 1960. A publicação afirma que a petista jogou uma granada no portão do quartel general do exército e que esse atentado culminou com a morte do soldado Mário Kozel Filho.
Post falso acusa Dilma Rousseff de participar de atentado contra militar
Na madrugada de 26 de junho de 1968, o soldado foi atingido por uma explosão provocada por uma caminhonete com 20 quilos de dinamite — e não por uma granada, como sugere a publicação — que foi conduzida para atingir os fundos do Quartel General do 2º Exército, na cidade de São Paulo. Outras cinco pessoas ficaram feridas. Esse ataque foi atribuído ao grupo Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), contrário à ditadura militar instalada no Brasil desde 1964. Dentre os acusados pelo atentado, dez foram presos e dois foram mortos pelos militares. Dilma não estava entre os suspeitos.
Apenas uma pessoa estava no veículo que foi arremessado no quartel, o motorista, que pulou do carro ainda em movimento e foi resgatado por cúmplices em outro veículo. Segundo relatos do Exército e de jornais da época, um sentinela disparou seis tiros contra o veículo quando o viu se aproximar. O carro-bomba bateu contra um poste e foi então que Kozel se aproximou. Na sequência, o carro explodiu.
Não há evidências da participação de Dilma em ações armadas no período em que atuou em grupos contrários à ditadura. Ela foi presa em janeiro de 1970 em São Paulo, na onda de repressão às organizações de esquerda desencadeada pela Operação Bandeirante (Oban). Ela foi torturada na prisão e solta no final de 1972. O caso do soldado Mário Kozel Filho não é citado nos arquivos da ditadura referentes a ela.

Violência urbana

Um dos principais artefatos usados nas mensagens compartilhadas para 'amenizar' o impacto da ditadura é de que não havia violência urbana nas grandes cidades do país. "O melhor regime d #Brasil foi o #Militar havia ordem, bandido quase não tinha, assassinato raro, drogas pouca". Especialistas consultados negam veemente essa narrativa.
Pichação registrada em fotografia durante manifestação contra a ditadura. Arquivo Nacional/Correio da Manhã
"A violência atingiu milhares de pessoas para além dos alvos políticos [...]. Durante a ditadura se matou muito, a polícia matou muitas pessoas, a exemplo dos esquadrões da morte. Houve muitos assassinatos de pessoas que eram suspeitas, sem nenhuma prova,  sem nenhum julgamento, enfim a violência atingiu muito além o que seria comunista ou vagabundo", lembra o professor Rodrigo Patto Sá Motta, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), autor do livro "Passados Presentes: O golpe de 1964 e a ditadura militar". 
Os esquadrões da morte eram grupos de extermínio clandestino de supostos criminosos e contava com a cumplicidade do regime ditatorial. Documentos de inteligência do governo dos Estados Unidos, obtidos pela Comissão Nacional da Verdade (CNV), mostram que mais de 800 pessoas foram assassinadas entre 1968 a 1971. Apesar do discurso dos grupos de que "somente vagabundos" foram assassinados, a polícia não questionava nenhum suspeito e o caso era fechado por falta de provas. A maioria das vítimas era preta e pobre.
"Até agora, a grande maioria das vítimas, exceto num caso ocasional de erro de identidade, pertencia às classes mais pobres, aquelas com menor capacidade ou predilecção para protestar. É fácil conceber que os praticantes deste tipo de vigilantismo se tornem cada vez mais convencidos de que estão acima da lei, ramificando-se e executando outros por pagamento, despeito ou por qualquer uma de uma infinidade de razões. Talvez só quando começarem a aparecer vítimas que já não pertençam às classes sem voz, mas que tenham acesso a canais de denúncia, é que se fará um esforço sério para conter os Esquadrões", diz trecho do documento de inteligência do governo norte-americano.
Capa da revista Veja, de 23 de abril de 1969, trazia a seguinte manchete: "Isto é um assalto. A escala do crime". 
Alguns dados também derrubam a tese de que as grandes cidades não tinham violência urbana à época. Um levantamento feito pelas pesquisadoras da saúde pública Vilma Pinheiro Gawryszewski e Maria Helena Prado de Mello Jorge, a partir de dados do Programa de Aprimoramento de Informações, mostra que a cidade de São Paulo saiu de uma taxa de 7,2 homicídios por cem mil habitantes, em 1965, para 35,6 em 1985 (página 53). 
A criminalidade inclusive aumentou durante o período da ditadura, é só pegar os dados das mortes violentas de São Paulo. Ela efetivamente aumentou e estoura a partir da década de 80, o estrago foi feito durante a ditadura militar que deixou o país ainda mais desigual
– Prof. Mateus Gamba, da UnB.
A taxa de homicídios no Brasil, em 1980, estava em 11,69 por cem mil habitantes. Em 1985, último ano da ditadura militar, essa taxa subiu para 15. Os dados são do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

'Não se combate terroristas e comparsas com flores e poesia'

Das teorias compartilhadas nas redes, a maioria delas afirma que somente "comunistas e vagabundos" eram torturados e assassinados — e que "não se combate terroristas e comparsas com flores e poesia". "QUEM TRABALHAVA, ESTUDAVA, ERA CIDADÃO RAIZ, NÃO FOI PRESO", diz outra mensagem. 
Há mensagens compartilhadas que afirmam ainda que a ditadura salvou o Brasil de uma outra "ditadura comunista" e que as ações adotadas à época eram justificáveis. "Entenderam porque Médice dissolveu o STF? Entenderam porque o DOPS metia porrada em alguns 'jornalistas'? [...] Entendam de uma vez por todas que o esquerdismo do século XXI é mascarado de democracia... quanto mais comunistas, mais eles usam a palavra democracia", diz trecho de mensagem compartilhada em um grupo do Telegram com ao menos 4,3 mil usuários.
O professor Mateus Gamba Torres, do Departamento de História da Universidade de Brasília (UnB), vê com espanto esse tipo de mensagem nas redes. Ele lembra, por exemplo, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamado pela Assembleia Geral das Nações Unidas em Paris, em 10 de dezembro de 1948, que afirma que "ninguém será submetido a tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes". 
"Primeiro, não importa o que você é. Você não pode ser torturado, isso é crime contra a humanidade. O Brasil assinou em 1948 a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Então, se um comunista foi torturado, como os posts alegam, não importa, ele nunca  deveria ter sido", reforça Torres.
O relatório final da Comissão Nacional da Verdade (CNV) lembra que as prisões das pessoas consideradas inimigas políticas do regime ditatorial ocorriam sem ordem judicial e, muitas vezes, de modo clandestino. "Entre as irregularidades dessa prisão verifica-se que: não havia nenhuma ordem judicial; os agentes da repressão privaram esposa e filhos de liberdade, ameaçando-os de morte; e nenhum familiar foi avisado do lugar da detenção" (página 305). 
Velório do estudante secundarista Edson Luís Lima Souto, de 18 anos, morto pelo regime. Foto: Arquivo Nacional
O relatório também cita pessoas que foram detidas na ditadura que não tinham nenhuma relação de resistência ao regime. A exemplo de uma mulher que foi levada à prisão e submetida a intensa tortura apenas por estar na companhia de um militante ligado ao Movimento de Libertação Nacional. "Pessoas que eram simplesmente acusadas de subversão e que eram políticos, eram caçados, eram presos, e muitos deles estavam longe de serem subversivos. Muitos desses simplesmente só discordavam do governo", lembra o professor Mateus Gamba torres.
Crianças e adolescentes também foram monitorados e perseguidos pela ditadura, lembra o relatório da CNV, "presenciaram os pais sendo baleados, cresceram dentro de uma prisão ou foram surpreendidos com ações violentas dentro da própria casa em que viviam" (página 427).  
Os especialistas entrevistados pela reportagem citam também o caso de censura da imprensa, dando destaque à morte do jornalista Vladimir Herzog. Diretor de Jornalismo da TV Cultura, foi chamado pelo regime para prestar esclarecimentos na sede do DOI-Codi sobre suas supostas ligações com o Partido Comunista Brasileiro (PCB).
Herzog foi encapuzado, amarrado a uma cadeira, sufocado com amoníaco e submetido a espancamento e choques elétricos. Após as torturas, o jornalista foi morto em 25 de outubro de 1975. Contudo, a versão oficial apresentada pelos militates foi a de que o jornalista teria cometido suicídio com um cinto. Em 1996, a Comissão Especial dos Desaparecidos Políticos reconheceu oficialmente que ele foi assassinado. 
Imagem do jornalista Vladimir Herzog. Foto: Arquivo Pessoal Ivo Herzog

600 militares assassinados

Das mensagens filtradas pela reportagem, uma delas afirma categoricamente que 600 militares foram assassinados no período da ditadura em lutas armadas contra a esquerda. 
"Aqui está a verdade e o perigo que voltou a correr em nosso país. Em 1964 o povo jogou os militares no sacrifício que tiveram mais de 600 militares assassinados pela esquerda durante o regime militar, e depois os traiu acreditando e se juntando aos comunistas, ladrões e corruptos voltaram para as ruas e com as 'Diretas já' expulsaram os militares leais e benfeitores do poder", diz trecho da mensagem.
Os três especialistas consultados pela Lupa afirmam que não há evidências que provem esses números. "Eu particularmente não encontrei esses dados. Houve sim mortes de alguns militares em operações das chamadas lutas armadas, que eu coloco entre aspas, mas que não chega a esse número", reforça o professor Carlos Fico. 
Em 2014, os Clubes Naval, Militar e de Aeronáutica publicaram um anúncio no jornal O Globo em que presta homenagem póstuma a 126 militares e civis supostamente mortos nas décadas de 1960 e 1970 “pelo irracionalismo do terror”."Suas histórias, absurdamente, foram desprezadas pela Comissão Nacional da Verdade, um desrespeito às suas histórias e aos seus familiares. Roga-se uma prece por suas almas". Ainda assim, esse número estaria longe dos 600 militares mortos citados no post.
A Comissão Nacional da Verdade apontou em seu relatório 377 nomes de agentes do Estado como responsáveis por crimes cometidos durante a ditadura. 

Ditadura foi uma 'farsa'

Para além das afirmações falsas, as publicações compartilhadas em grupos de mensagens e nas redes reforçam que não houve ditadura no país, principalmente porque o suposto golpe, como alegam, teria sido dado por civis e pelo Congresso  — e que as Forças Armadas foram "convidadas" para manter a ordem no país por causa da "ameaça comunista". 
"Que me lembre os militares foram convocados pelo Congresso para assumir o governo em 64, depois foram saindo aos poucos não houve luta, guerra, sem resistência nenhuma. Só uns idiotas que assaltavam bancos, sequestravam e pegavam em armas para praticar crimes falavam em ditadura", diz trecho de post publicado no X.
Membros da Igreja protestam contra a ditadura. Foto: Arquivo Nacional/Correio da Manhã
Segundo o professor Carlos Fico, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o então presidente João Goulart (Jango) foi aconselhado a deixar o Rio de Janeiro principalmente porque as tropas do General Mourão Filho, comandante da 4ª Região Militar de Juiz de Fora (MG), estavam em direção ao estado da Guanabara com a missão de destituir Jango do poder — antecipando o movimento previsto inicialmente pelas Forças Armadas de ocupação do poder em 2 de abril de 1964. 
"O presidente fugiu para Brasília para não ser preso, lá pegou alguns papéis, e resolveu ir para Porto Alegre. Ele lançou um Manifesto dizendo que ia resistir. Pediu ao Darcy Ribeiro, que era o chefe da casa civil dele, que mandasse avisar o presidente do Congresso Nacional que estava saindo de Brasília para Porto Alegre para resistir. [...] Justamente para evitar que se isso se pusesse que ele estava deixando o poder", diz o professor Carlos Fico.
Apesar de Jango ainda estar em solo brasileiro, o Senado declarou estado de vacância do cargo de presidente da República. "Por trás de toda essa discussão, quem estava mandando mesmo era o chamado Comando Supremo da Revolução, que estava no Rio de Janeiro. O principal homem era o General [Artur da] Costa e Silva", reforça o professor Carlos Fico.
Em 9 de abril de 1964, o Comando Supremo da Revolução institui o primeiro Ato Institucional (AI), permitindo a cassação de mandatos legislativos, a suspensão dos direitos políticos de qualquer cidadão e a punição de integrantes da administração pública. O AI-1 cassou ao menos 41 mandatos de deputados federais — em torno de 10% do total de parlamentares à época. Dentre eles, Abelardo Jurema (PSD-PB), Leonel Brizola (PTB-GB), Plínio Arruda Sampaio (PDC-SP) e Rubens Paiva (PTB-SP). 
É evidente que era uma ditadura e que não haveria eleição presidencial em 65, então foi um golpe de estado clássico de natureza militar. E o General Castelo Branco foi imposto pela força do medo também, pelo medo dos outros parlamentares de serem igualmente caçados como esses 40 colegas. O que houve foi uma ditadura
– Professor Carlos Fico, da UFRJ
O professor Rodrigo Motta, da UFMG, também reforça em sua fala que, de fato, o que houve no país foi uma ditadura. Ele lembra, por exemplo, que esse período foi comandado por militares, baseado num sistema que não permitia a participação da oposição — cassados, exilados ou assassinados pelo regime. "Quem escolhiam nossos representantes eram os militares, no máximo se fazia uma eleição indireta para passar a impressão que o sistema era legítimo, mas esses caras eram definidos antes da eleição. [...] Não havia chance de mudar o governo, não havia consulta popular". 

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Gabriela Soares
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