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Alvo de 'Abin paralela', Lupa pede resposta de autoridades sobre espionagem ilegal
11.07.2024 - 18h17
Rio de Janeiro - RJ
A Lupa repudia o uso clandestino de ferramentas operadas pelo Estado brasileiro contra a imprensa e, especificamente, contra a própria Lupa. Ações como essa representam riscos a uma democracia livre e precisam de respostas contundentes das autoridades. 
Não é uma surpresa que a chamada "Abin paralela" tenha monitorado a Lupa. Desde 2015, praticamos um jornalismo ético, relevante, responsável e de credibilidade, que expõe o uso da desinformação como instrumento político e sua incidência na definição de políticas públicas. Esse trabalho desagrada aqueles que têm a mentira como prática.
A divulgação da decisão do ministro Alexandre de Moraes não nos informa sobre a extensão dos dados obtidos de forma ilegal sobre a Lupa. Temos o direito de saber a quais riscos nosso trabalho e nossos colaboradores estiveram e estão expostos. Estamos buscando legalmente obter essas informações e evitar que elas sejam divulgadas de forma irresponsável. 
Nos solidarizamos com outras instituições que, assim como nós, foram alvos de espionagem ilegal comprovada pela Polícia Federal, como organizações jornalísticas, de checagem de fatos e de pesquisa, organizações não-governamentais, além de jornalistas, políticos e outras figuras públicas. Pedimos às autoridades responsáveis a proteção dessas informações e a punição, na forma e na medida da lei, daqueles que operaram ilegalmente os sistemas.
Nosso trabalho seguirá sendo feito, sob os padrões éticos do jornalismo, os princípios do Código de Ética da International Fact-checking Network (IFCN) e a nossa metodologia desenvolvida e aprimorada em consonância com a sofisticação das estratégias de desinformação usadas por diferentes atores para prejudicar a qualidade do debate público e preservar espaços de poder.
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