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É falso que Luciana Genro, do PSOL, atentou contra a vida de Pablo Marçal
05.09.2024 - 10h15
João Pessoa - PB
Circula nas redes sociais um vídeo cuja legenda afirma que uma candidata do PSOL tentou assassinar o empresário Pablo Marçal, candidato à prefeitura de São Paulo pelo PRTB. A publicação associa a deputada estadual Luciana Genro (PSOL), do Rio Grande do Sul, à acusação. É falso.
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Candidata do PSOL tenta contra a vida do Marçal em campanha política
– Legenda de post que circula no WhatsApp
Falso
A deputada estadual Luciana Genro (PSOL), do Rio Grande do Sul, não tem qualquer relação com o episódio relacionado ao candidato Pablo Marçal. Em suas redes sociais, a parlamentar publicou um vídeo em que desmente o boato. "Para piorar, uma página de apoiadores dele usou a MINHA FOTO em um vídeo sobre isso, me associando a essa acusação ridícula. Esse mentiroso quer ganhar as eleições criando factóides contra o PSOL, mas não vai conseguir", diz a legenda da publicação da parlamentar.
O episódio envolve outra filiada ao partido. Segundo a candidata a vereadora por São Paulo, Carol Iara (PSOL), que se pronunciou em suas redes, ela queria entregar um boneco de isopor que simbolizava o emoji do Pinóquio para Marçal, "frente às condenações do candidato nesta semana". "A entrega nunca ocorreu, pois os seguranças de Pablo Marçal começaram a perseguir de forma violenta Carol Iara no instante em que a viram, fazendo com que a candidata evadisse do local rapidamente. Transformar um isoporzinho que sequer foi entregue em um suposto atentado é uma mentira. As acusações de Marçal são infundadas e completamente falsas". Ela negou ao jornal Folha de S. Paulo que alguém da sua equipe estivesse armado no momento da entrega do boneco. 
Após prestar depoimento, Marçal admitiu que não viu nenhuma arma. "Tem um policial com a gente que viu uma pessoa com arma nessa aproximação ai. Acho que foi um esbarrão. Segue o jogo." O jornal Metropoles publicou reportagem que mostra que o boletim de ocorrência feito pelo candidato consta apenas que, antes de entrar na padaria, Marçal percebeu uma mulher “fingindo estar embriagada” se aproximando com uma sacola e “andando cambaleante”. 
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirmou que o caso foi registrado como ameaça e é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). "A vítima, um homem de 37 anos, relatou que estava em campanha quando duas pessoas se aproximaram do seu comício e o ameaçaram. Ele se protegeu no interior de um comércio e os suspeitos fugiram. A vítima e outras duas testemunhas prestaram depoimento e o homem representou criminalmente contra os investigados. O inquérito prossegue, visando o esclarecimento dos fatos", diz a nota.

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João Pedro Capobianco
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