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É falso que nadadores de Israel homenagearam reféns do Hamas na Olimpíada
07.08.2024 - 15h08
Rio de Janeiro - RJ
Circula nas redes sociais uma suposta foto da equipe de nado artístico de Israel formando a frase “Bring them home now!” com o corpo na piscina — em português: “Tragam-nos para casa agora!”, uma referência ao movimento de famílias e amigos de reféns israelenses sequestrados pelo Hamas. Segundo a legenda da publicação, a imagem teria sido registrada na Olimpíada de Paris, durante apresentação das atletas. O post alega também que elas teriam sido impedidas de usar broches de fita amarela em homenagem aos reféns. É falso. 
Por meio do ​projeto de verificação de notícias​, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa​:
“A equipe olímpica israelense não pôde usar broches de fita amarela em homenagem aos reféns que ainda estão nas mãos do grupo terrorista muçulmano Hamas, durante as Olimpíadas de Paris.
Então, em vez disso, fizeram isso. ‘Tragam-os para casa agora!’”

– Texto em imagem que circula nas redes sociais
Falso
A imagem é antiga e não tem relação com a Olimpíada de Paris. A foto foi publicada pela equipe de nado artístico de Israel no Instagram em 19 de novembro de 2023. Segundo o post, o registro foi feito na piscina nacional do Instituto Wingate. Na data, a imagem também foi compartilhada pelo perfil do governo de Israel no X (antigo Twitter). Além disso, a Lupa não localizou notícia sobre a suposta proibição do uso da fita amarela em homenagem aos sequestrados do país nos Jogos Olímpicos. 
Dez atletas participaram da foto, realizada pelo fotógrafo Adam Spiegel, que também compartilhou o registro em seu perfil no Instagram. Segundo a publicação, a mensagem transmitida pela equipe teve o objetivo de conscientizar sobre os israelenses sequestrados e crimes contra humanidade cometidos pelo Hamas. 
“Assim como todo o país, também estamos esperando e torcendo para que todos os sequestrados voltem para casa em breve. Decidimos fazer este gesto na esperança de aumentar a conscientização sobre os crimes contra a humanidade cometidos contra israelenses e cidadãos de muitos países”, descreve o post. 
Conteúdos semelhantes foram verificados pelo Aos Fatos e pelas agências de verificação de fatos internacionais AFP e Fact Crescendo.

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João Pedro Capobianco
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